Sexta-Feira, 10 de Janeiro de 2025

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Quem era o secretário-adjunto da Segurança de Osasco, morto a tiros por guarda-civil dentro da prefeitura

Adilson Custódio Moreira era servidor público havia mais de 25 anos. Ele morreu baleado por um guarda durante uma reunião com agentes que atuam na cidade.

G1 São Paulo

07/01/2025 às 16h29

Secom Osasco - Foto:

O secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, morreu após ser baleado por um guarda-civil municipal na tarde da segunda-feira (6) na sede da Prefeitura da cidade, na Grande São Paulo.

Adilson atuava como servidor público havia mais de 25 anos, com uma longa trajetória com ex-prefeitos de Osasco. Ele trabalhou no Executivo por oito anos. Entrou com o ex-prefeito Rogério Lins (Podemos) e foi mantido pelo novo gestor, Gerson Pessoa (Podemos).

Segundo o deputado Emídio de Souza (PT), prefeito da cidade entre 2005 e 2012, o secretário-adjunto trabalhou como segurança da primeira-dama de Osasco e em diferentes cargos de chefia durante os dois governos de Lins.

Adilson chegou a ser titular da Secretaria de Segurança e Controle Urbano em 2018 até a pasta ser comandada por José Virgolino de Oliveira, atual secretário, no ano seguinte. Na gestão de Gerson Pessoa, Adilson continuou no cargo de adjunto.

Nas redes sociais, o ex-prefeito Rogério Lins lamentou a morte de Adilson. Ressaltou que ele era guarda-civil municipal antes de ser nomeado secretário-adjunto e lutou por melhorias para a GCM. "Lamentamos essa situação ocorrida na Prefeitura de Osasco, que culminou na morte covarde do secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano, Adilson Moreira, um grande combatente, mas principalmente um amigo."

Em seu perfil do Instagram, Adilson tinha pouco mais de 2 mil seguidores e 106 publicações, incluindo vídeos de cavalos e imagens em que ele aparece no campo.

O velório está programado para a manhã desta terça-feira (7) na prefeitura. O sepultamento acontecerá às 17h no cemitério Bela Vista.

Como foi o assassinato

Adilson Moreira havia marcado uma reunião com guardas-civis municipais da cidade para discutir a estrutura da corporação no novo governo.

A reunião ocorria na Sala Oval, o principal espaço para encontros da prefeitura, ao lado da Secretaria de Governo e do gabinete do prefeito, Gerson Pessoa, que não estava no prédio.

Houve uma discussão entre o secretário-adjunto e o guarda Henrique Marival de Souza, que sacou a arma e fez disparos. Os demais guardas-civis saíram correndo, e o agressor trancou a porta.

O guarda ficou trancado por cerca de duas horas na Sala Oval. Ele manteve o secretário-adjunto como refém e montou barricadas. O Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) teve que negociar para que ele se entregasse.

Os corredores foram interditados para os trabalhos das polícias Civil, Militar e Guarda Civil Municipal. Os demais funcionários foram orientados a deixar a prefeitura.

No entorno do prédio, diversas ambulâncias e carros da polícia e dos bombeiros acompanharam a ocorrência.

O guarda Henrique Marival de Souza se entregou por volta das 19h30 e foi levado preso à delegacia seccional de Osasco. Em 2017, ele chegou a ser elogiado pelo comandante da GCM por sua atuação em uma ocorrência com motociclistas.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte do secretário-adjunto. A pasta informou que o guarda-civil foi encaminhado ao 5º Distrito Policial da cidade, onde foi autuado e permaneceu à disposição da Justiça.

A Prefeitura de Osasco, em nota, também lamentou a morte. O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa, decretou luto oficial de três dias na cidade em homenagem ao secretário-adjunto morto.

TV Globo/Reprodução - Foto:

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