Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2024

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Alagoas já registrou 115 casos de febre do Oropouche em 2024, diz Sesau

A faixa etária entre 20 a 29 anos foi a com mais casos de infecções no estado

Agência Alagoas

19/09/2024 às 09h13

Alagoas registrou, até o último dia 05 de setembro,  115 casos de Oropouche este ano. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Todas as ocorrências foram confirmadas por meio de biologia molecular realizada pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL).

A faixa etária entre 20 a 29 anos foi a com mais casos de infecções no estado. O município de Palmeira dos Índios segue apresentando o maior número de casos, com 94 confirmações (82,46%). Tanque D’Arca contabilizou quatro casos (3,51%), Viçosa, três casos (2,63%), Estrela de Alagoas, Japaratinga e Maceió com dois casos (1,75%).

Já Arapiraca, Atalaia, Coruripe, Igaci, Murici, Porto Calvo e União dos Palmares apresentam um caso cada. Na comparação de casos por zona de residência, 82 casos foram registrados em indivíduos residentes na zona rural (71,93%), 26 casos em residentes da zona urbana (22,81%) e seis casos (5,26%) estão sem informação da zona de residência.

Até a última nota técnica da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevisa) da Sesau, emitida nesta terça-feira (17), um óbito, proveniente de Maceió, está em investigação. 

O diagnóstico dos casos é feito com o uso da metodologia de RT-PCR em tempo real, que apresenta resultados negativos para dengue, zika e chikungunya e positivo para Oropouche. O acompanhamento é feito em conjunto com as Secretarias Municipais de Saúde (SMSs).

Vale lembrar que o principal vetor de transmissão da doença é o inseto popularmente conhecido como maruim. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus continua no inseto por alguns dias, que transmite a doença ao picar alguém saudável.

Os sintomas são dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia, ou seja, bem parecidos com os da dengue. Algumas ações para a mitigação dos casos podem ser realizadas pela população, conforme explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Waldinea Silva.

“É fundamental sempre fazer a limpeza da casa e retirar possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas. Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele também ajudam na prevenção”, explica.

Estudos científicos indicam a possibilidade significativa de que o vírus Oropouche possa ser transmitido de gestantes para os fetos e cause a perda dos bebês. Portanto, mulheres grávidas devem adotar recomendações extras, como a proteção das residências com redes de malha fina nas portas e janelas, além do uso de mosquiteiros nas camas.

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